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CSP-Conlutas – A cidade que nunca para, parou no dia 15 de março. A capital paulista acordou sem metrô e sem ônibus, mas com diversos trabalhadores, movimentos sociais e jovens lutando contra as reformas da Previdência e trabalhista. E não pense que não agradou, ao contrário, mesmo com muitas dificuldades para se locomover, a população em sua maioria apoiou a paralisação e muitos se somaram à manifestação de cerca de 200 mil pessoas que tomaram a Avenida Paulista no fim da tarde, no ato unitário chamado pelas Centrais Sindicais.

Foi uma manifestação como não víamos há muitos anos dos movimentos de trabalhadores organizados e dos movimentos e sociais”, comentou o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Wilson Ribeiro.

Crédito: Romerito Pontes

Crédito: Romerito Pontes

Nas ruas, o clima era de luta. O entusiasmo gerado pelas mobilizações do 8 de março, que sacudiram o país com o chamado à greve internacional de mulheres, animou e deu força para o #15M, cujas mulheres compareceram em peso e deixaram seu recado: “Somos mulheres, na resistência, contra a reforma da Previdência”, uma das palavras de ordem cantadas durante o ato. A rejeição às reformas da Previdência e trabalhista deu o tom. A palavra de ordem “1, 2, 3, 4, 5 mil ou param as reformas ou paramos o Brasil” ocupou as ruas e se combinou com o uníssono “Greve Geral, Greve Geral”, cantado por muitos manifestantes.

O “Fora Temer” foi o coro comum. Em todos os lugares do ato, desde os carros de som ou mesmo da passeata onde já não se podia ouvi-los, bastava alguém gritar e todos seguiam. Uma expressão forte de rejeição ao governo que pretende jogar a conta da crise nas costas da classe trabalhadora enquanto governa para os empresários e banqueiros, e está atolado em corrupção.

Crédito: Romerito Pontes

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Segundo Luís Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, as denúncias da Lava Jato que já foram divulgadas e estão sendo publicadas, por si só, desautorizam o governo Temer e o Congresso Nacional a votar qualquer medida contra os trabalhadores, como as que estão pautadas pelas reformas da Previdência e Trabalhista. “São esses corruptos que querem impor uma contribuição de 49 anos para os trabalhadores se aposentarem, levando muitos a morte sem receber o benefício? São esses que querem passar por cima das leis trabalhistas ao aprovar que o negociado valha mais que o legislado? Eles não têm moral para votar absolutamente nada contra os trabalhadores”, atacou.

A manifestação da avenida Paulista contou com os setores que despontaram também no decorrer do dia de luta, como os metroviários que fizeram greve de 24 horas e receberam apoio dos usuários pela decisão, professores da rede estadual e trabalhadores da educação municipal, que aprovaram greve da categoria, além de servidores públicos de diversos setores, metalúrgicos que além de parar fábricas, pararam avenidas e rodovias. Além de inúmeros outros que não arregaram da luta, entre eles os os que lutam pela terra e o movimento popular.

O dia foi um grande ensaio de Greve Geral e precisa continuar. A CSP-CONLUTAS levou para ruas a proposta de Greve Geral, que não fora aceita pelas Centrais Sindicais, em diversas reuniões. Um dos principais argumentos usados pelas centrais era de que a classe não estava disposta a lutar. O #15M demonstrou exatamente o contrário. “A força das lutas, greves, paralisações, bloqueios de avenidas e estradas nas manifestações unitárias que ocorreram neste 15 de março colocam nas mãos das Centrais Sindicais a responsabilidade de convocar uma Greve Geral, já”, defendeu o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela.

Lula não era convidado de todos

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Crédito: Romerito Pontes

Infelizmente, a CUT e CTB, junto com a Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular tomaram para si a condução do ato e, sem consultar todas as centrais, convidaram Lula a discursar, o que fez com que setores de que protagonizaram grandes mobilizações durante o dia não comparecessem à Paulista. A CSP-Conlutas manteve sua participação no ato, com uma coluna independente, pois considera que a unidade é necessária. Mas isso não pode ser feito perdendo a perspectiva da classe trabalhadora. Lula já fez uma reforma da Previdência em 2003, por isso é hipócrita seu discurso na manifestação. Encerrar o ato com sua presença é um grave erro, assim como, tentar subordinar esta forte luta à estratégia eleitoral do PT divide o movimento, enfraquece o “Fora Temer” e a luta contra as reformas.

O ensaio foi estupendo, agora é o passo seguinte: construir a Greve Geral já e derrotar as reformas neoliberais de Temer e desse Congresso Nacional corrupto”, reafirma Mancha.